A congregação Servos da Caridade (SdC) foi fundada por São Luís Guanella em 1908 e está presente em 23 países, com instituições que dão continuidade à idealização e à missão de seu fundador, que é evangelizar, educar e dar assistência aos mais pobres e vulneráveis, principalmente às crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. A congregação foi governada pelo seu fundador até 1915, ano de seu falecimento.

Seu sucessor foi o servo de Deus, monsenhor Aurélio Bacciarini, cujo mandato se estendeu de 1915 até 1921, por determinação da Santa Sé, e de 1921 até 1924, como superior eleito no terceiro capítulo geral. Nesse espaço de tempo, Bacciarini consolidou a nova congregação procedendo à construção da primeira escola apostólica, em 1916, e do noviciado, em 1920.

Quando da realização do IV capítulo geral (1924), sucedeu-lhe Leonardo Mazzucchi (1883-1964), filho espiritual e colaborador predileto de São Luís Guanella. Ele foi reconfirmado no cargo no V (1930) e no VI (1936) capítulos. Seu longo governo (1924-1946) foi de importância primordial, já que se aprofundou no conhecimento da vida do fundador, escrevendo a primeira e fundamental biografia do Padre Guanella, em 1920.

Mazzucchi também promoveu a nova edição das Obras ascéticas e dos Regulamentos da congregação, a coleção do Charitas, A Divina Providência, o reconhecimento das virtudes do fundador até o êxito feliz dos processos diocesanos e apostólicos em vista da beatificação de Luís Guanella. Além disso, ele conseguiu também consolidar as estruturas da congregação, com o novo texto da Constituição e a aprovação definitiva, em 1935.

Depois dele, após a Segunda Guerra Mundial, ocorreu a eleição de Luigi Alippi, no VII capítulo geral, em 1946, sendo o mesmo confirmado no VIII capítulo geral, em 1952. Carlo de Ambroggi foi nomeado em 1958, por ocasião do IX capítulo geral e Armando Budino, em 1964, no decorrer do X capítulo geral. Sob a orientação deles o Instituto floresceu sob o ponto de vista econômico: ampliação e reestruturação de instituições já em andamento, novas fundações e aceitação de paróquias. Houve também a ulterior consolidação de novas escolas apostólicas, o seminário teológico e a reformulação do período formativo.

Quando da realização do XI capítulo geral, em 1969, foi eleito Olimpio Giampedraglia, que foi reconfirmado no capítulo sucessivo, em 1976, vindo a falecer em 1980, antes de findar o mandato. Seu empenho caracterizou-se pelo encaminhamento das normas conciliares e as decisões capitulares, principalmente do capítulo geral especial: a promulgação do novo texto da Constituição e do Regulamento, a instauração das províncias religiosas, a transferência da sede geral e do seminário teológico para Roma, a especialização dos coirmãos e das instituições e o encaminhamento de novas atividades (Palência, na Espanha, e Nazaré, em Israel).

No XIII Capítulo Geral, em 1981, assumiu Pietro Pasquali, confirmado para um segundo mandato em 1987. Graças ao seu empenho ocorreu a abertura de dois novos campos de ação: concluir a renovação dos textos normativos e sustentar a vitalidade das fundações missionárias. O aperfeiçoamento da Constituição ocorreu no capítulo geral extraordinário, que se realizou em duas sessões (1984 e 1985). Uma vez apresentado à Santa Sé, o texto foi definitivamente aprovado em 22 de março de 1986 (Solenidade da Anunciação).

No Brasil, os Servos da Caridade (SdC) estão presentes desde 24 de outubro de 1947 quando se instalaram inicialmente no Rio Grande do Sul, com o nome de Província Santa Cruz. As obras da Associação Servos da Caridade estão presentes atualmente em sete estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal.