Angelo Moroni nasceu no dia 25 de setembro de 1924, na cidade de Poderno Daddad, na Itália, filho de Pietro Moroni e Maria Mandeli Moroni. Sua ordenação sacerdotal aconteceu no dia 18 de abril de 1951, mesmo ano em que veio para o Brasil, enviado por sua congregação: Servos da Caridade, cujo fundador é São Luís Guanella.

Com o carisma guanelliano, iniciou o seu trabalho sacerdotal em 1952, na cidade de Carazinho, no Rio Grande do Sul, acompanhando os primeiros seminaristas da congregação no Brasil. Nos anos 50 e 60, marcou sua grande colaboração na cidade dos Meninos, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele sempre foi um fiel defensor da importância da família e, por essa razão, sempre que podia viajava à Itália para visitar sua mãe, seu irmão mais novo Mario e sua querida prima Maria Assunta, bem como seus sobrinhos. Entre as recordações difíceis está a dor de ter que chorar no Brasil a morte de sua mãe na Itália, assim como a do grande amigo padre Mario Verse.

Como idealizador de projetos, em 1958, padre Ângelo participou da colocação da pedra fundamental da Casa de Santa Maria da Providência, no Rio Grande do Sul, e também inaugurou a capela da Casa da Divina Providência, em Santa Maria, RS.

Nos anos 70, assumiu a matriz de Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde, no dia 11 de abril de 1976, celebrou o seu jubileu de prata de sacerdócio a serviço da caridade. Nos anos 80, atuou também na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, no bairro de Anchieta, no Rio de Janeiro, realizando uma grande obra de transformação na velha matriz, deixando-a mais moderna e confortável. Ainda em Anchieta, realizou cerca de 3.250 visitas, fazendo inúmeros amigos. Deixou como legado à paróquia a fotocópia original do Santo Sudário, de Turim.

Durante a sua missão, padre Ângelo sempre foi um grande orientador espiritual para as Irmãs de Santa Maria da Providência, do Colégio Nossa Senhora Aparecida, demonstrando um carinho especial para com os idosos e crianças. Mas, é com as crianças com deficiência, os bons filhos de Guanella, que padre Ângelo expressa seu verdadeiro carisma, realizando com singeleza a sua missão sacerdotal pregando, consagrando e ministrando os sacramentos.

Obedecendo aos seus superiores, padre Ângelo saiu do Rio de Janeiro e a matriz de Nossa Senhora de Nazaré, onde atuou por 13 anos, deixando muita saudade entre seus paroquianos e a construção de um grande salão, que passou a ser chamado de “Angelão”. Do Rio veio para São Paulo, onde no bairro Vila Rosa, assumiu a direção do Recanto Nossa Senhora de Lourdes.

Grande incentivador dos retiros de jovens e de casais, implantou no Recanto a Casa de Retiro Maranatha – hoje, Seminário Servos da Caridade. Também incentivou a construção do grande Ginásio de Esportes e da Capela de Nossa Senhora do Trabalho, sempre com a ajuda de grandes amigos e colaboradores italianos, da família Andorinha e da Fundação Orsa. Com um sorriso constante e a alegria das crianças e operadores do Recanto, encontrou por aqui o seu “Recanto de Paz”.

Participou também de inúmeros eventos de formação de profissionais da área de educação e reabilitação, além de receber muitas homenagens, como o prêmio Loba Romana, além do seu jubileu de ouro sacerdotal, em abril de 2001. Entre outros eventos de sua vida, beijou a mão do inesquecível São João Paulo II, recebeu a graça de ter um de seus alunos sagrado como bispo – Dom Protógenes -, e acolheu a Rádio Canção Nova, com todos os retiros realizados neste Recanto, durante dois anos.

Padre Ângelo também implantou o setor de captação de recursos, anteriormente iniciado na Paróquia de Santo Antônio (Tucuruvi). Também, juntamente com seus amigos Nino e Michele Huet, iniciou a Oficina das Vovós de Santa Rita de Cássia, cedendo uma sala para a realização de trabalhos junto à comunidade carente, por meio de chás beneficentes. Por volta do ano 2000, inciou os trabalhos de atendimento com a equoterapia.

Em 2005, juntamente com o Grupo de Casais Maranatha, realizou um Jantar Beneficente para reforma do bloco das oficinas e compra de materiais. No ano seguinte, antes de visitar sua família na Itália, iniciou outro projeto: a construção da cobertura para atender os pacientes e equoterapia nos dias de chuva. Esse projeto foi concluído também graças à doação de Rosa e Débora Gouveia, membros da família Andorinha, sempre presentes em vários momentos da vida de padre Ângelo e do Recanto Nossa Senhora de Lourdes.