Depois dos ministérios ordenados (bispos, padres e diáconos) e da vida familiar, a Igreja Católica no Brasil celebra a partir deste terceiro domingo, dia 15, até sábado, dia 21, a vocação da Vida Consagrada de religiosos e leigos. A celebração é festejada juntamente com o Dia de Nossa Senhora da Assunção, também comemorado neste domingo.
A vida consagrada é formada por homens e mulheres que, desde os primórdios do evangelho, dedicam-se integralmente ao serviço da Igreja e da humanidade por meio de sua consagração a Deus em uma congregação religiosa ou comunidade de leigos. No ano de 2015, o Papa Francisco dedicou todo um ano para celebrar o dom da Vida Consagrada, convocando-os à confissão, com humildade e confiança em Deus, a fazerem uma revisão de suas vidas, para que pudessem viver a constante experiência do amor misericordioso do Senhor e a grandeza de sua vocação.
Os consagrados são pessoas que um dia receberam o chamado de Deus e se puseram livremente ao serviço de seu Reino, doando a própria vida de maneira exclusiva. Eles têm a missão radical de seguir Jesus Cristo pela profissão solene dos votos (Obediência, Pobreza e Castidade). Devem segui-Lo mais proximamente, fazendo com que seu testemunho de vida possa mostrar a alegria da fé a todos os homens e mulheres de cada época.
Para São Luís Guanella, santo fundador da congregação Servos da Caridade (SdC), “o dom da vocação religiosa é especialíssimo e a mente humana não sabe compreendê-lo e nem dignamente apreciá-lo”. Ele diz que “o religioso, nas suas primeiras provas, pode ser comparado a uma estátua de mármore apenas esboçada a qual precisa do trabalho de um artista inteligente para se tornar digna de ser apresentada na casa do Senhor” e que por isso é necessário que ele “aprenda desde cedo a dominar os impulsos do coração para dar lugar ao impulso puríssimo da caridade”.
Um dos grandes pilares da vida consagrada é a dimensão da vida comum entre eles. O Papa acredita que “numa sociedade marcada pelo conflito, a convivência difícil entre culturas diversas, a prepotência sobre os mais fracos, as desigualdades, somos chamados a oferecer um modelo concreto de comunidade que, mediante o reconhecimento da dignidade de cada pessoa e a partilha do dom que cada um é portador, permita viver relações fraternas”. As relações fraternas da vida comum dos consagrados são uma lembrança para nós de que devemos viver em comunhão, partilhando mutuamente a vida.
“É necessário que o religioso aprenda desde cedo a dominar os impulsos do coração para dar lugar ao impulso puríssimo da caridade”.
São Luís Guanella
Os consagrados são aqueles que, no coração da Igreja e do mundo, não se cansam de testemunhar a grandeza e a beleza de seguir Jesus Cristo com alegria, oferecendo-se cada dia a Ele. Que Maria, assunta ao céu, a modelo fiel no seguimento a Cristo, dê perseverança e guarde os nossos consagrados (as) na resposta feliz do sim a Deus e aos homens e conduza sempre suas vidas no caminho da santidade.
Fonte: site CNBB e livro “Caminho Estreito” (SLG)