Hoje, 24 de março, padres e irmãos religiosos Servos da Caridade (SdC) de todo o mundo comemoram os 113 anos da primeira Profissão Religiosa, em 1908, na Itália, ano da fundação da congregação por São Luís Guanella. De acordo com relatos do Padre Leonardo Mazzucchi, que proferiu seus votos naquele dia, eram ao todo 12 coirmãos, sendo ele o mais jovem com 24 anos. Em seus escritos, ele relata que antes daquela “noite nunca mais esquecida”, Guanella havia organizado três dias de retiro, no qual pregara para eles.
Mazzucchi, que substituiu Padre Guanella na direção dos Servos da Caridade após a morte deste, conta que após a profissão de todos, Guanella quis falar ainda, entre as lágrimas dos presentes. Padre Mazzucchi descreve em seus escritos: “Quando o ouvimos agradecendo-nos comovido, ele, o mártir de tantas fadigas e de tantas dores passadas, o pai sempre generoso de compaixão inestimável no seu amor por nós, culpáveis de relutâncias e de indolências espirituais; quando o ouvimos agradecer-nos, oh, então o nosso coração não se conteve e nós derramamos lágrimas de amor, de alegria santa, de arrependimento, de reconhecimento, que marcaram a nossa alma com um sulco que nunca se apagará”.
Após mais de um século, aquele pequeno grupo cresceu se espalhou por 23 países em todo o mundo, incluindo o Brasil, instalando-se primeiramente no Rio Grande do Sul, em 1947, e depois expandindo sua atuação para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso e o Distrito Federal. Em São Paulo, os Servos da Caridade (SdC) administram o Recanto Nossa Senhora de Lourdes e a Paróquia Santa Cruz, na Região Norte da Capital. Como o próprio nome da congregação diz, sua atuação e o carisma deixado pelo fundador é a caridade para com todos, especialmente os mais necessitados, como órfãos, idosos e pessoas com deficiência.