“Podemos aplicar a passagem de Atos dos Apóstolos 9, 28-29 à situação que o Padre Cristóvão Magallanes e seus 24 Companheiros tiveram de viver, ao serem martirizados no México, nos primeiros trinta anos do Século XX. A maioria destes sacerdotes pertencia ao clero secular, sendo que três desses corajosos religiosos eram leigos seriamente comprometidos no auxílio aos sacerdotes. Estes mártires foram fiéis a Deus e à religião católica, tão enraizada nas suas comunidades eclesiais, às quais serviam promovendo o bem-estar espiritual e material. Hoje, eles servem de exemplo para toda a Igreja e, em particular, para a sociedade mexicana.”
Trecho da Homilia de São João Paulo II
São Cristóvão de Magallanes, nasceu no dia 30 de julho de 1869, em Totatiche, Jalisco, México. Durante sua infância trabalhava com o pastoreio. Entrou no seminário aos 19 anos e, quando ordenado sacerdote, foi enviado para a paróquia de sua cidade natal.
Tornou-se um sacerdote de grande fé e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Foi missionário entre os indígenas e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.
Em 1917, foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venustiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.
A Igreja se posicionou contra as novas leis e, por isso, foi duramente perseguida gerando a reação da sociedade e dos leigos que se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa. Entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.
Uma década depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente Plutarco Elias tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas.
Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, Cristóvão se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.
Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. O Papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles São Cristóvão de Magalhães.
São Cristóvão de Magalhães, rogai por nós!
Fonte: Convento da Penha