Em 323 o imperador Constantino começou a construir a basílica de São Pedro, atendendo a apelos de sua mãe, Santa Helena. Ela foi construída no local onde São Pedro foi sepultado. Durante dois séculos foi preservada sua concepção original. Depois a construção foi se deteriorando. As grandes basílicas foram construídas no período que vai de Constantino a Justiniano. A Basílica de São Paulo extramuros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, resultando o nome: fora dos muros, extramuro. A dedicação da basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, cujo pontificado ocorreu de 314 a 335. A basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, que pontificou de 384 a 399.
Hoje celebramos a Dedicação dessas duas basílicas. No pontificado do Papa Júlio II decidiu-se derrubar a velha igreja de São Pedro. Em 18 de abril de 1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova igreja. O arquiteto Bramante desenhou um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho, forma que correspondia aos ideais da Renascença.
Os anos foram passando. Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III, em 1546, entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, já com 72 anos, ficou fascinado com o domo, concentrando nele seus esforços, mas não conseguiu completá-lo antes de sua morte, em 1564. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica.
O domo tem diâmetro de 42 metros e altura de 132,5 metros. Graças aos planos de Michelangelo e a um modelo em madeira, Giacomo della Porta foi capaz de terminá-lo, com ligeiras modificações. Terminado em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental.
O Papa Paulo V encarregou Carlo Maderno de aumentar a nave, criando uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada. O Papa Urbano VIII dedicou a nova igreja em 18 de novembro de 1626, exatamente 1.300 anos depois da data em que a primeira basílica fora dedicada, e 126 anos após o inicio da nova construção.
Em 1629, Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edificios em um conjunto harmonioso. Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Pio VI (1775-1799). A Basílica de São Pedro é a maior de todas as basílicas. Ela cobre área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.
Segundo a tradição, também a basílica de São Paulo foi construída sobre seu túmulo, que fica debaixo do altar maior, dito altar papal. Por essa razão, houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e ver celebrar a abertura da Porta Santa.
Há uma estátua de São Paulo em frente à entrada da basílica. A construção tem 131,66 metros de comprimento, largura de 65 metros e altura de 29,70 m. É também uma construção imponente e representa pela grandeza a segunda dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma. A atual basílica é uma reconstrução do século XVIII da antiga basílica do tempo de Costantino.
A basílica, e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedades da Santa Sé, mesmo estando fora dos muros da cidade do Vaticano.
Fonte: Universidade Católica Dom Bosco.