16 de Agosto: Santo Estêvão da Hungria

Santo Estêvão da Hungria nasceu por volta de 969, na região da Panônia, atual Hungria, área onde as tribos magiares (povos dominados pela Alemanha e França) se instalaram e conheceram o cristianismo. Esse contato proporcionou, aos poucos, que inúmeras pessoas fossem convertidas e abraçassem a religião católica. Filho primogênito do duque Gesa com uma princesa cristã, foi criado no seguimento de Cristo. Ao completar dez anos de idade foi batizado. Na cerimônia, teve a felicidade de ver seu pai convertido, recebendo o mesmo Sacramento.

Santo Estêvão da Hungria

Em 997, tornou-se rei após a morte de seu pai, que sonhava em unir seu povo em uma única nação cristã. Estêvão decidiu seguir o legado do pai. Sendo um excelente estadista, unificou as 39 tribos, até então hostis entre si, fundando o povo húngaro. Ele consolidou o cristianismo como única religião desse povo, permitindo à Igreja maior estruturação naquela região.

Casou-se com a princesa Gisela, irmã do imperador da Baviera, Henrique II.  O seu orientador espiritual e conselheiro, o bispo de Praga, Adalberto, confiou aos monges beneditinos de Cluny a missão de ensinar ao povo a doutrina cristã. Conseguiu do Papa Silvestre II a fundação de uma hierarquia autônoma para a Igreja húngara. Para tanto, enviou a Roma o monge Astric, que o papa consagrou bispo com a função de consagrar outros bispos húngaros.  Desta forma, criou dez dioceses, cuidou da fundação e da consolidação de muitas abadias, inspirando-se na reforma de Cluny.  

Fundou hospitais, asilos e creches para a população pobre, atendendo, especialmente, os abandonados e marginalizados. Com toda a sua humildade, fazia questão de tratar pessoalmente dos doentes, tendo adquirido o dom da cura. Corajoso e diplomático, soube consolidar as relações com os países vizinhos, mesmo mantendo vínculos com o imperador de Bizâncio, adquirindo também o dom da sabedoria. Assim, transformou a nação próspera e o povo húngaro num dos mais fervorosos seguidores da Igreja Católica.

Santo Estêvão é exemplo do que podem fazer todas as pessoas influentes na sociedade. A influência é dom de Deus e há de orientar-se sempre para o bem. O apostolado cristão é dever de todos os que foram dotados de riquezas, poder e autoridade. Muito hábil em política, o rei Estêvão I,  faleceu em 1038. Devido a seus grandes feitos, passou a ser venerado pelo povo húngaro, que fez do seu túmulo local de intensa peregrinação de fiéis, que iam agradecer ou pedir sua intercessão para graças e milagres. Cinquenta anos mais tarde, após os seus feitos de santidade percorrerem toda a Europa, foi incluído no livro dos santos, em 1083, pelo Papa Gregório VII.

Santo Estêvão da Hungria, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova.

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